Três meses atrasada, cá venho apresentar-lhes a famosa meia maratona de Lisboa!
Já contei para vocês sobre a feira da corrida e a sobre os 7km da Vitalis Jamor, que ocorreram na véspera: http://www.porissoeucorrodemais.com.br/2015/05/vitalis-7km-jamor.html
Pois, acordamos (eu, meu pai e minha mãe - que estavam me visitando) no dia 22 de março de 2015, tomamos um café da manhã, nos trocamos e fomos encontrar nosso primo e amigos que estavam hospedados a um metrô de distância. Manhã de provinha de corrida tem que ser sempre planejada, porque começa cedo.
Pegamos o comboio da fergatus (trem) na estação Roma-Areeiro e descemos na estação de Pragal, já do outro lado do rio Tejo. A corrida começaria do lado de lá, aos pés do Cristo Rei, em Almada.
eu e meu pai chegando na estação de comboios de Pragal |
mãe e pai no comboio da Fergatus |
Descendo do comboio tivemos uma caminhada de uns 15 min até chegar perto de onde seria a largada, nas portagens (nos pedágios) da Ponte 25 de abril. Comecaríamos a corrida cruzando aquela Golden Gate Lisboeta.
Felicíssima com meus pais, com essa vista linda e animação pré-prova |
Tudo muito lindo por ali, emoção brotando no peito, e o calor da primavera mostrando que chegara. Abandonamos os casacos e outras coisinhas com a Elda, nosso anjo-guarda-volumes, que nos encontraria na chegada. Pasmem, a organização não nos providenciava guarda-volumes.
Aos pés do Cristo Rei (o Cristo Redentor dos portugueses) |
Havia um mundo de gente. A população de Portugal parecia ter desembarcado ali, além dos turistas que haviam planejado sua viagem para estarem em Lisboa naquele dia. (E nesse quesito eu já me considerava local).
Eu e a Ponte 25 de abril (e mais mil pessoas) |
Diziam haver 40mil incritos, sendo "apenas" 15 mil corredores da meia, e os outros tantos mil, corredores ou caminhantes dos 7km.
Minha mãe Marisa, meu pai Reynaldo, eu, meu primo Wagner, nosso amigo Rogério, aguardando o tiro da largada |
Lá fomos nós, começar uma super meia maratona, daquelas que corredores gostam de ter no currículo. Confesso, porém, que por toda sua fama, eu esperava um pouco mais... Não digo em tom de reclamação, porque a corrida foi maravilhosa e não é naaaada fácil organizar uma prova dessa dimensão! Mas, como crítica construtiva.
1. Seria ideal que fizessem a largada em ondas (por ritmo) e, ainda e especialmente, que a largada dos 7km e dos 21km tivessem algum intervalo. Isso porque a gente vai correndo na ponte sem conseguir desenvolver a corrida. Lá estão caminhantes com mochila, crianças, carrinhos de bebê, pessoas que param para fotografar... Estava tão parado, que eu tive a pachorra de tirar uma foto durante uma prova de corrida, o que nunca faço. Eis aqui um pedacinho do drama (que até nem está tão trágico dessa perspectiva!):
Correndo na Ponte 25 de abril |
Para correr por ali, só desviando, e ainda assim, era difícil, era um zig-zag entre uma multidão de ritmos e objetivos muito heterogêneos. A largada em ondas facilitaria um pouco a corrida.
Apesar de os 2 quilômetros iniciais terem sido devagar quase parando, e de o piso em grande parte da ponte ser feito de uma grade - que deve ser péssima em termos do impacto nas nossas queridas articulações, o visual de correr atravessando a ponte foi recompensador! Cruzar o Tejo correndo foi lindo, ainda mais porque o vejo agora com tanto carinho.
No meio da ponte, cada um de nós seguiu seu próprio ritmo em zig-zag, e separamo-nos todo. Logo estava cada um por si.
2. Erro da minha parte: ter ido de calça, sabendo que havia possibilidade de esquentar. Sem contar que era uma calça comprada aqui em Portugal, para aguentar o inverno daqui! Esquentou horrores e "ai, se arrependimento matasse"! Que fique de ensinamento pra vocês também: em provas logas que começam com frio, mas que vão acabar com calor: usem shorts, bermudas, saias de corrida (se não tiver o problema do atrito entre as pernas!).
E que não seja desculpa pra eu não ter feito a minha melhor meia, mas essa coisa de calor prejudica a performance da gente!
3. Outro erro: resolvi levar o celular, porque seria necessário para encontrar todos após a chegada de cada um. Até aí, ok, mas resolvi levar o celular numa daquelas capinhas que se amarra no braço, que eu nunca tinha usado. Ficava escorregando, me atrapalhando e resolvi segurar na mão! Boa ideia se a corrida fosse resolvida em poucos quilômetros, mas 21km segurando aquela capinha, passando da mão direita pra esquerda, da esquerda pra direita, foi quase como vestir as calças também nas mãos!
Sabem aqueles erros de marinheiro de primeira viagem? Pois é... acontece que mesmo depois de umas já nem sei quantas viagens, lá estava eu cometendo esses erros... faz parte, acontece, é a vida, somos humanos... Mas, sinceramente, não inventem de testar usar coisas diferentes nas provas (especialmente as logas!), testem tudo nos treinos, eles também servem pra isso! ;)
4. Voltando ao percurso da prova, depois da ponte, depois da descida, a prova ficou mais plana e regular, mas o cenário ficou um tanto sem graça na minha opinião... Isso porque havia feito vários treinos à beira do Tejo e passando por tanto lugar lindo, mas pronto, não era possível colocar toda aquela gente a correr na ciclovia do Tejo... Tinham que usar mesmo as ruas. Mas descobri que não gosto muito de corridas em que você corre um longo período até um ponto e vira e corre todo esse percurso de volta. Não sei se é frescura da minha parte, mas achei desconfortável para o meu psicológico. Você corre vendo um monte de gente do outro lado que está anos luz na sua frente, e com a sensação de que falta ainda aquilo para voltar.
Por isso que, pelo menos nos treinos (que quem bola o percurso sou eu), eu quero mais é diversificar meus caminhos!
5. Quanto aos incentivos, não achei que havia "plateia" nas ruas, torcendo pelos corredores, como em outras provas internacionais que corri, mas ao mesmo tempo, tive muito incentivo dos corredores do Correr Lisboa! Esse grupo de corrida que o Bruno e a Sandra criaram aqui é mesmo uma das boas surpresas dessa cidade. Sempre que cruzava com alguém com a mesma camiseta amarela, os chamados Vicentes, eu acenava ou dizia algo e eles também! Genial!
6. E tão geniais que eles são, lá estava a Sandra Ramos Claro na linha de chegada, fotografando os Vicentes no momento da chegada que sempre é emocionante, quer por um recorde pessoal, quer por uma sensação de missão cumprida, ou mesmo pelo mero fato de que você enfim pode parar!
E pronto, acabou, cruzei aquela linha de chegada, esperei minha mãe chegar e fomos encontrar os demais. Junto ao grupo já citado, tinham corrido os 7km a Luciana e a Sandra. E assim fica registrada mais uma corrida em Lisboa, mais uma corrida em família (e amigos que adotamos como família)!
Rogério, Lu, Elda, Wagner, Reynaldo, eu, Marisa e Sandra |
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