E tudo chega... e tudo passa. Até 42km passam. Depois que eles ficaram para trás, eu ainda tinha uma viagem pela frente. Voltei andando para o hotel com a minha mãe. Sim, depois de correr a maratona, andamos um bom tanto, inclusive com subidas. Chegamos ao castelo (com wifi) e mandei mensagem para o meu treinador. (O Marcão tinha pedido para eu avisá-lo assim que chegasse.) Em seguida, corri para o banho. E todos corremos pra guardar tudo nas malas e fazer o check out, que nos permitiram estender um pouquinho, em razão da maratona.
E foi assim que após a maratona, NÃO fiquei de pernas pro ar, tomando uma caipirinha, ou deitada numa banheira de hidromassagem. Tchau castelo. Au revoir, Québec! Pé na estrada! Hit the road, Jack!
Paramos num restaurante perto da saída da cidade. Foi bom comer. Era necessário. Seguimos viagem. Chegamos em Montreal e começou a nossa busca por um hotel. “Marina, vai lá perguntar o preço, vê se tem café da manhã, estacionamento, wifi...” E daí eu saía daquele banco de trás, descia do carro alto, caminhava parecendo uma patinha... (mas caminhava!), e por vezes subia uns degraus de escada. "Ai! Pernas, pra que vos quero?!"
Acabamos indo para um hotel indicado no centro de informações turísticas. Precisávamos de 2 quartos: um pros meus tios, e outro pros meus pais e pra mim. Só minha tia não tinha corrido. E o cara do hotel disse que um dos quartos era no 1º andar. Detalhe: não tinha elevador! Eu olhei aquela escada, pensei nas malas e nas minhas pernas, esbocei meu desapontamento e saí dali. Dali uns minutos minha mãe volta dizendo que eles tinham arrumado dois quartos no térreo! Ufa!
Ainda nesse dia, e nos dias que se seguiram, andamos bastante. Afinal, éramos turistas. Andar era natural. Só pra subir escadas que era mais demorado.
A maratona tinha sido num domingo e já na sexta-feira da semana seguinte saí com meus pais para trotar uns 3km. Após a corridinha, fomos na piscina e na jacuzzi do hotel! E repetimos esse combo no dia seguinte!
Passou domingo, segunda, terça, e quarta embarquei de volta. Na quinta-feira, cheguei ainda cansada, mas na sexta já fui correr com meu irmão. Foram 6km. No começo foi tranquilo, mas depois o ritmo dele foi me cansando. Eu disse pra ele ter paciência, porque eu estava parada há alguns dias e em recuperação pós-maratona. No dia seguinte, corri 6km sozinha. E no seguinte, aventurei-me a correr 14km. Fui com meu irmão de casa até o parque (a Fe foi de bike), corremos lá e voltamos... Como corremos na rua, paramos em faróis e eu também dava umas caminhadinhas, porque comecei a cansar.
Segunda-feira, mandei mensagem pro Marcão, contando disso. Ele me perguntou de onde eu tinha tirado 14km. Disse que pelos 40 dias após a maratona eu não devia rodar mais que 5 ou 6 km, nem devia correr em dias seguidos. (Eu tinha feito tudo errado!)
Marcamos um café pra conversarmos sobre a maratona. Dali em diante, entrei nesse ritmo de treinamento mais tranquilo, no qual ficarei até o dia 5 de outubro. (Marcão, obrigada por me treinar e não me deixar ter qualquer lesão! Obrigada por tudo o que vem me ensinando. Faltam-me palavras para expressar a minha gratidão.)
E a propósito, que bom que 5 de outubro está chegando!
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