quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Correr, cair, e levantar!

Fiquei de continuar a história dos “ossos do não ócio” (http://www.porissoeucorrodemais.com.br/2013/08/ossos-do-nao-ocio.html). Pois bem, aqui vem ela:

Desde que aprendi a andar, constatei que a queda eventualmente aconteceria quando eu estivesse em maior velocidade. Mas é claro que eu não me lembro de nada disso, e estou apenas supondo que tenha acontecido! rs

Desde que adotei a corrida como atividade física (e desse tempo tenho lembranças mais claras), “tropecei”, “escorreguei”, “caí de maduro”, “não sei o que aconteceu”. O fato é que vire e mexe estava eu com joelhos, pernas, e mãos raladas. Parecendo criança levada ou desastrada, que não fica quieta e vai tropicando em tudo quanto é canto. Boa notícia: do chão, ninguém passa!

Então chegou 2013 e com ele o sonho da maratona. Era véspera de dia das mães. Parque do Ibirapuera lotado. Meu treino seria de 7km, rodando num ritmo de 6min por km. Eu estava um pouco irritada com alguma coisa que já nem lembro mais o que era. Logo no começo quis imprimir uma velocidade desnecessária nas minhas passadas e, antes mesmo de completar 1km, tropecei, escorreguei, sei lá o que aconteceu, mas caí com tudo na terra. Senti uma dor de pancada muito forte no joelho esquerdo. Dessa vez não tinha sido apenas um joelho ralado. Sorte que minha mãe vinha correndo atrás e me ajudou a levantar e lavar o machucado. Foi impossível continuar. Voltei andando/mancando para o clube (pertinho do parque), para ir à enfermaria. Peguei gelo e logo minha mãe chegou (já tendo corrido 6km) para me levar pra casa. O joelho inchou, inchou, e ficou parecendo o joelho de um elefantinho! Passei o dia mancando, com uma faixa no joelho, e aquele humor de pessoa chata e carente. A verdade é que eu estava preocupadíssima com o fato de que enfrentaria uma maratona em menos de 4 meses. Quando meu pai chegou, falou para eu parar de supervalorizar tudo aquilo, e disse que não era caso de eu ir ao pronto socorro. Então tomei antiinflamatório, fiz gelo, e repouso.

Como contei no primeiro post do blog, essa queda surgiu como um clímax na minha narrativa, de modo a tornar o treinamento mais emocionante. (Já que não dava pra voltar atrás, melhor mesmo era pensar assim e aprender com os erros). Passei uma semana parada! Nem me aguentava mais em mim. Cinco dias depois, ainda com o “joelho-bola”, fui ao PS fazer um raio X. Não era nada! Claro que meu pai disse: “Eu não disse?!” (Mas eu precisava dessa certeza para me despreocupar).

Na semana seguinte voltei aos treinos: caminhada! Na outra, já podia intercalar corrida e caminhada. E na seguinte, voltei a correr. O joelho ainda dizia que estava lá, mas foi gradualmente melhorando... Foi nesses momentos que eu compreendi o quanto gostava de correr e o quanto eu queria correr essa maratona (que chegará em 11 dias)!

Aproveitei o meu “repouso forçado” para descansar, para tirar fotos do parque Ibirapuera, e para recuperar meu pé das terríveis bolhas.

Elas eram outro “osso do ofício”. Para evitá-las, sempre paramentava as laterais internas do pé com micropore, o que ajudava um pouco, mas não muito. Meu treinador falou que passar vaselina no pé ajudava, e também sugeriu que eu procurasse algo apropriado naquelas lojas de palmilhas. Comprei um apetrecho de silicone feito para quem tem joanete, mas que se encaixava pelo dedão e cobria exatamente a parte do meu pé direito que ficava vulnerável às bolhas. A moça da loja disse que aquilo poderia me ajudar. Usei por um tempo e gostei do resultado. Protegia. Até que senti um incômodo no pé no primeiro treino um pouquinho mais longo que usei o apetrecho, e resolvi abandoná-lo. 


As bolhas continuavam lá. Finalmente, fui tentar a vaselina. Essa ajudou! O ótimo solado do meu tênis novo (usado para os treinos longos), e a podóloga que deu um trato nos meus pés (http://www.porissoeucorrodemais.com.br/2013/06/meus-pes-meus-queridos-pes.html), também contribuíram. E é com extrema alegria que eu lhes declaro que: as bolhas praticamente deixaram de ser “ossos”! rs

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