Fiquei de continuar a história dos “ossos do
não ócio” (http://www.porissoeucorrodemais.com.br/2013/08/ossos-do-nao-ocio.html). Pois bem, aqui vem ela:
Desde que aprendi a andar, constatei que a
queda eventualmente aconteceria quando eu estivesse em maior velocidade. Mas é
claro que eu não me lembro de nada disso, e estou apenas supondo que tenha
acontecido! rs
Desde que adotei a corrida como atividade
física (e desse tempo tenho lembranças mais claras), “tropecei”, “escorreguei”,
“caí de maduro”, “não sei o que aconteceu”. O fato é que vire e mexe estava eu com
joelhos, pernas, e mãos raladas. Parecendo criança levada ou desastrada, que
não fica quieta e vai tropicando em tudo quanto é canto. Boa notícia: do chão,
ninguém passa!
Então chegou 2013 e com ele o sonho da
maratona. Era véspera de dia das mães. Parque do Ibirapuera lotado. Meu treino
seria de 7km, rodando num ritmo de 6min por km. Eu estava um pouco irritada com
alguma coisa que já nem lembro mais o que era. Logo no começo quis imprimir uma
velocidade desnecessária nas minhas passadas e, antes mesmo de completar 1km,
tropecei, escorreguei, sei lá o que aconteceu, mas caí com tudo na terra. Senti
uma dor de pancada muito forte no joelho esquerdo. Dessa vez não tinha sido
apenas um joelho ralado. Sorte que minha mãe vinha correndo atrás e me ajudou a
levantar e lavar o machucado. Foi impossível continuar. Voltei andando/mancando
para o clube (pertinho do parque), para ir à enfermaria. Peguei gelo e logo minha
mãe chegou (já tendo corrido 6km) para me levar pra casa. O joelho inchou,
inchou, e ficou parecendo o joelho de um elefantinho! Passei o dia mancando, com
uma faixa no joelho, e aquele humor de pessoa chata e carente. A verdade é que
eu estava preocupadíssima com o fato de que enfrentaria uma maratona em menos
de 4 meses. Quando meu pai chegou, falou para eu parar de supervalorizar tudo
aquilo, e disse que não era caso de eu ir ao pronto socorro. Então tomei
antiinflamatório, fiz gelo, e repouso.
Como contei no primeiro post do blog, essa
queda surgiu como um clímax na minha narrativa, de modo a tornar o treinamento
mais emocionante. (Já que não dava pra voltar atrás, melhor mesmo era pensar
assim e aprender com os erros). Passei uma semana parada! Nem me aguentava mais
em mim. Cinco dias depois, ainda com o “joelho-bola”, fui ao PS fazer um raio
X. Não era nada! Claro que meu pai disse: “Eu não disse?!” (Mas eu precisava
dessa certeza para me despreocupar).
Na semana seguinte voltei aos treinos:
caminhada! Na outra, já podia intercalar corrida e caminhada. E na seguinte,
voltei a correr. O joelho ainda dizia que estava lá, mas foi gradualmente
melhorando... Foi nesses momentos que eu compreendi o quanto gostava de correr
e o quanto eu queria correr essa maratona (que chegará em 11 dias)!
Aproveitei o meu “repouso forçado” para
descansar, para tirar fotos do parque Ibirapuera, e para recuperar meu pé das
terríveis bolhas.
Elas eram outro “osso do ofício”. Para
evitá-las, sempre paramentava as laterais internas do pé com micropore, o que
ajudava um pouco, mas não muito. Meu treinador falou que passar vaselina no pé
ajudava, e também sugeriu que eu procurasse algo apropriado naquelas lojas de
palmilhas. Comprei um apetrecho de silicone feito para quem tem joanete, mas
que se encaixava pelo dedão e cobria exatamente a parte do meu pé direito que
ficava vulnerável às bolhas. A moça da loja disse que aquilo poderia me ajudar.
Usei por um tempo e gostei do resultado. Protegia. Até que senti um incômodo no
pé no primeiro treino um pouquinho mais longo que usei o apetrecho, e resolvi
abandoná-lo.
As bolhas continuavam lá. Finalmente, fui tentar a vaselina. Essa ajudou! O ótimo solado do meu tênis novo (usado para os treinos longos), e a podóloga que deu um trato nos meus pés (http://www.porissoeucorrodemais.com.br/2013/06/meus-pes-meus-queridos-pes.html), também contribuíram. E é com extrema alegria que eu lhes declaro que: as bolhas praticamente deixaram de ser “ossos”! rs
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