Não coloquei o despertador pra tocar. Acordei
às 7h30. Lá fora já estava sol e quente. O sol não me daria trégua...
Café da manhã: uma banana pequena, duas fatias
de pão integral light com queijo branco, e uma xícara de chá quente. Quente é
um detalhe importante se você vai sair para um treino longo e não quer ter que
parar no meio pra ir ao banheiro... Pois é, detalhes assim ninguém gosta muito
de falar, mas são importantes.
Preparativos: shorts, top, camiseta, meia, boné,
óculos, Garmin carregado, frequencímetro, ipod carregando. Protetor solar, vaselina
no pé (tem me ajudado muito a evitar bolhas), micropore em baixo do
top/frequencímetro, frente e costas (ajuda a não machucar pelo atrito – para o
caso de treinos longos).
Ontem o Marcão me desejou boa viagem, porque 30
deixava de ser treino, para ser viagem. E certamente foi, tanto que saí de
mochila (Camel Bak).
Na Camel Bak: água e 2 géis de carboidrato,
para hidratação e suplementação durante o treino.
Local: Parque do Ibirapuera.
Início da viagem: 9h30 (quando o trânsito
estava tranquilo, porque o grosso do povo paulistano ainda dormia).
Comecei sozinha. Tudo nos conformes. Km 12
cruzei com meus pais. De lá até o km 24 meu pai foi meu parceiro e meu
orientador.
Km 15, a Camel Bak chacoalhando nas minhas
costas e eu já achando aquilo meio incômodo, vem um corredor, também com sua Camel
Bak, e me diz que precisava ter um fecho na altura da barriga. Eu disse que a
minha não tinha, que tava correndo com ela pela primeira vez, e que era um
treino de 30km. Ele me disse: “Então ganhei de você! Estou fazendo 45 hoje!”
Contei que eu estava treinando pra minha primeira maratona. E ele falou que se
era a primeira, pra eu não treinar mais que 32! Eu disse que não iria! Que teria
aquele e mais dois treinos de 30. Daí fomos chegando perto do meu pai que o viu
e disse: “Marina, você está falando com um dos maiores corredores de longa
distância: Claudio Zuccolo! Ele já correu a maratona de Sables, no deserto do
Saara!” Fiquei extremamente lisonjeada de conhecer um atleta tão fantástico,
corredor de ultramaratonas! E minha viagem ainda estava no começo...
Km 16 e eu já comecei a me sentir cansada, fiquei
nervosa... Corrida é totalmente psicológico. Meu pai me chamou a atenção, para
que eu não supervalorizasse aquilo, ficasse calma, e corresse no ritmo que o
meu corpo conseguisse, sem me apegar ao ritmo proposto pelo Marcão, que ontem
já tinha me dito que eu não precisava seguir tudo à risca e nem completar os
30, se não conseguisse. Precisei de umas chamadas de atenção. Pensando no
Caballo Blanco dizendo: “fácil, leve e suave...” Mas leve não estava...
Km 19, sentindo o ombro e a lombar, deixei a Camel
Bak com meu pai e fiquei mais leve.
Cruzamos com a Lígia, que foi personal minha e
do meu pai antes de voltarmos ao clube. Profissional incrível que eu gostaria
de ter ao meu lado em todos os treinos de musculação!
Km 21, encontramos o Waldyr, nosso amigo que só
gosta de correr no asfalto, por conta das raízes, mas ele topou nos acompanhar
na volta externa por um tempo. Foi conversando com meu pai e eu seguindo os
dois até o km 23/24.
Meu pai me acompanhou mais um pouco e dali em
diante faltava uma voltinha de 6km (1/5 do treino).
Acabei o gel ali. Corri mais calma sabendo que
em breve eu chegaria.
Km 27 e pensei: a partir daqui estou quebrando
meu recorde pessoal! Comecei a sentir um pouco de frio. (Meu amigo Watcha,
formado em Esporte e treinando para um ironman, disse que pode ser homeostase –
uma adaptação do corpo que deixa de produzir calor pra não gastar tanta
energia, porque já está em esforço).
Km 28 parei no bebedouro (não tinha mais a Camel
Bak). A menina na minha frente tinha acabado de me passar e eu queria ir no
ritmo dela. Perguntei a quanto ela estava e se podia tentar acompanhá-la. Ela
disse que não sabia do ritmo, mas claro que eu podia. Daí que vi que ela tinha um boné
escrito “Ironman”. Perguntei se ela tinha feito e ela me disse que havia completado 3! Tinha 28
anos e tinha começado com 22! Nina Keller! Achei incrível! Corremos quase 1km
juntas e fui terminar meus 30.
Chegando, lá estavam meus pais, meu tio Eugênio
(também maratonista), meu primo Rafael e a filhinha dele, Maria Clara.
Muita emoção ao bater o relógio. Lá estava meu
pai de braços abertos.
Muitos abraços de todos e a fofa da Maria Clara
me entregou uma florzinha primavera.
Bem, esse foi meu primeiro treino de 30. Que
venham os próximos!
Marina, parabéns pelo seu primeiro 30!!! Foi genial mesmo, como todos os próximos que virão...
ResponderExcluirObrigada, mãe!
ExcluirTorço para que os próximos sejam mais leves! :)
Parabéns pelos seus longos também! Vc vai arrasar na meia!
Marina,
Excluirparabéns, tanto para v quanto para sua família que deu todo o apoio!
Bjos para todos!
Marlene.
Muito obrigada, Marlene!!
ExcluirE muito obrigada por me (nos) acompanhar nessa empreitada! :)
Beijos!!
Nossa! Fiquei emocioanada! Tantos acontecimentos inéditos ao longo da viagem! Incrível, Má! Parabéns!! Amei!!!
ResponderExcluirQue venham os próximos!!
Obrigada, Má!! Que venham os próximos!!
ExcluirE que sejam melhores!
Beijos!
Adorei sua "primeira viagem" Marina!Vcs são incríveis, parabéns família!!!
ResponderExcluirMuito obrigada, Rosana!!
ExcluirE obrigada por acompanhar o blog!
Vc é parente da Daniela Galvão, que comentou meu primeiro post?
Beijos!!
parabens gatinha...fiquei emocionado ao ver vc completa os 30 km e novamente lendo este post!
ResponderExcluirObrigada, Rafa!!
ExcluirFiquei muito feliz de encontrar você na minha "linha de chegada"! :)
Manda um beijão pra Maria Clara!
Parabens Marina! Eu adoro seus posts.
ResponderExcluirMuito obrigada, Monica!!
ExcluirFico realmente feliz em "ouvir" isso!!
Obrigada por acompanhar meus posts!
Beijos!!